quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Sobre o filme «Mapas para as Estrelas» David Cronenberg, 2014


















O elogio do desperdício.
Por que realizou Cronenberg «Mapas para as Estrelas»? Onde terá ficado a violenta intimidade, a maravilhosa violência, de «A Mosca» (1986), «Dead Ringers» (1988), «Crash» (1996), «eXistenZ» (1999)? Para que serve o fôlego único de Julianne Moore, Mia Wasikowska, John Cusack e Robert Pattinson? Por que arrepia tanto, ali, a «liberdade» de Paul Éluard? E se foi para experimentar a Alta Comédia Negra sobre a Negra Hollywood, não terá Billy Wilder, em 1951, feito melhor ao colocar o jornalista Joe Gillis (William Holden) a narrar em voz off o sucedido, apesar de bem morto e mergulhado numa piscina?
Ai que a Arte é tão cara e tão difícil... Porquê desperdiça-la?

jef, dezembro 2014

 «Mapas Para as Estrelas» (Maps to the Stars) de David Cronenberg. Com Julianne Moore, Mia Wasikowska, Robert Pattinson, John Cusack, Evan Bird. Alemanha / França / EUA / Canadá, 2014, Cores, 111 min.

Sem comentários:

Enviar um comentário