A viagem continua… com crédito em cartão.
E todos sabemos como são
belas as viagens, mas não são fáceis!
Rui Cardoso Martins retoma o caminho pelo mundo das histórias, de muitas
histórias diferentes. No entanto, a viagem é a mesma, e o crédito está
garantido. Cláusula única no
contrato, em letra maior: ninguém pode fazer «aquela» pergunta, ninguém pode
olhar para Eurídice.
Dizem que John Ford, um dos mais geniais e prolíferos realizadores de sempre,
passou a vida e realizar o mesmo filme, a mesma paisagem, o mesmo herói.
Basta lembrar o céu e as nuvens em «Forte Apache» (1948), ou a turbulência
étnica em «A desaparecida» (1956).
Como nos cromos, Rui Cardoso Martins vai completando a nossa caderneta
de imagens, fixando a melhor memória. E no fim fica a ressoar a maldição (ou constatação) de António Vieira: «Pelo que fizeram, se hão-de muitos condenar. Pelo que não fizeram, todos.»
jef, maio 2013
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