Realismo, por hipótese.
Não é possível esquecer o
Verão em «Mónica e o Desejo», um dos mais belos tratados sobre o fim da
juventude e o início da cidade. A evasão e o trabalho. O sonho e o futuro. Aqui,
a beleza é tamanha, tão assumida, tão estilizada, tão ideal, que lança sobre a
realidade o olhar mais puro da abstracção, desfazendo os paradigmas sociais de
uma qualquer arte dita «realista» ou «neo-realista».
A imagem de Harriet
Andersson transforma-se numa substância corpórea, deslumbrante, logo mítica,
logo irreal, quanto já o fora Janet Gaynor em «Aurora» de Murnau (1927) ou
Clara Calamai em «Obsessão» de Visconti (1943) ou Jean Seberg em «O Acossado»
de Godard (1959) ou Anita Ekberg em «A Doce Vida» de Fellini (1960) ou Scarlett
Johansson em «Match Point» de Woody Allen (2005) […]
Teoria e prática sobre
como significar a Natureza em três módulos: I – Mónica (a mulher), II - Estocolmo
(a cidade) e III - Suécia (a paisagem).
jef, fevereiro 2014 /
novembro 2016
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