Todos nós guardamos
no coração as obras-primas de Woody Allen. E não são poucas.
Porém, este não é uma delas.
Porém, este não é uma delas.
Mas é um filme de Woody Allen e coloca-nos a questão interessante:
face a um argumento seu, dos poucos, votados ao romantismo mais académico, o
grande realizador procurará os actores justos para as mais ténues personagens? Jesse
Eisenberg faz de «Bobby» e Kristen Stewart, de «Vonnie», ou, pelo contrário,
tendo à mão aqueles actores, ele veste-os à medida da possibilidade das respectivas
prestações?
Um facto é que Jesse Eisenberg e Kristen Stewart formam o par
ideal para uma comédia sem história mas que provoca o
brilho em seu redor:
(a)
Steve Carell (Phil Stern) como há muito não o
víamos;
(b)
a fugaz aparição de Candy (Anna Camp), a possível
«acompanhante» inicial de Bobby. A verdadeira personagem à Woody Allen!
(c)
um brilho único de cenários, guarda-roupa,
automóveis, arquitectura e décors;
(d)
uma iluminação particularmente fundamentada e cores a tocar a composição clássica;
(e)
um
modo muito particular de mover as câmaras face aos objectos e à posição de cena
dos actores, fingindo o glamour musculado que existia por Hollywood nos anos 30 do século passado;
(f)
ainda a música e o génio Woody Allen sobre os
modos «gangster», «família», «judeu»;
(g)
uma matriarca a declarar:
«Vive todos os teus dias como se
fossem o último, algum dia terás razão!»
Será que a felicidade é mesmo o romantismo apesar dos sonhos por
realizar?
Que bela tarde de cinema!
jef, novembro 2016
Sem comentários:
Enviar um comentário