Vá. Mete as mãos debaixo da terra e procura. Não sejas
preguiçoso. Não adies. Tu sabes, tu queres, mas evitas arregaçar as mangas e
sujar as unhas. Pareces ter consciência do que é gastar a última energia sem
teres a certeza de, com ela, encontrar o que pretendes e, nesse caso, esvaíres-te,
ficares exangue, exausto, inerte e, acima de tudo, de mãos vazias. Vá. Vamos
lá. Não temas os dedos feridos, não te preocupes em partir as unhas. Elas de
nada servirão se não gastares a última energia que te resta. Mesmo se, por
debaixo da terra, apenas terra exista. A terra poderá ser vã, a procura não.
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