A guerra, as contradições.
O filme está cheio de contradições. E de guerras.
As nossas contradições, as nossas guerras.
O genérico é um perfeito anacronismo: o pormenor de «Adoração
dos Magos» de Leonardo da Vinci é olhado enquanto se escuta uma das mais belas árias da
«Paixão Segundo São Mateus» de Johann Sebastian Bach – “Erbarme Dich”. Logo de seguida,
preparando um aniversário, fala-se de Nietzsche. Por um lado, voltar a viver
continuamente porém esquecendo continuamente as vidas passadas, sem
possibilidade de redenção. A subida à montanha, o eterno sacrifício e
penitência. Por outro, ali é referido: com método ou por sistema, se uma certa árvore morta for regada durante três anos, todos os dias, ela acabará por
florir.
E quando a guerra irrompe e apenas existe ausência de
espiritualidade e a proximidade nuclear, que fazer? Talvez regressar ao ventre
e ao amor da mulher. O eterno regresso. A única chance da já referida redenção. O corpo de Maria.
E, no final, de regresso ao fogo inicial e ao paraíso perdido,
permanece a esperança na criança e nesse regar de uma árvore morta.
Com método, talvez floresça.
E o método inicial é a palavra como referia o sábio
evangelista do Apocalipse.
jef, fevereiro 2016
Sem comentários:
Enviar um comentário