O realismo do absurdo.
Neste volume é narrada a história da fuga e da captura do
pérfido Simão «Sem Tripas», da exausta juíza que se comove por tudo, e ainda da
vida de um prédio, semelhante a uma torre decrépita, onde morou um cão
simpático de nome «Dixie».
Tudo junto, o filme deixa aquela angústia tola que Portugal coloca dentro dos seus viventes há longo tempo. Um país cheio de almas soltas, sem eira nem beira, mas que vão resistindo em colectivo pois assim cumprem as leis do governo, da biologia e de Deus. Também as leis do caos e do desejo.
Tudo junto, o filme deixa aquela angústia tola que Portugal coloca dentro dos seus viventes há longo tempo. Um país cheio de almas soltas, sem eira nem beira, mas que vão resistindo em colectivo pois assim cumprem as leis do governo, da biologia e de Deus. Também as leis do caos e do desejo.
Na alma do espectador fica o caruncho da nostalgia, essa
triste perda de uma casa que os gregos sabiam como ninguém. De Ulisses e dos
bancos somos todos altos devedores.
Miguel Gomes e Xerazade dizem que a realidade tem artes de
dar coesão, talvez justificação, ao absurdo que enche as páginas dos jornais
e as redes ditas da sociedade.
jef, outubro 2015
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